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Tendências da arquitetura de varejo para 2023

29 de dezembro de 2022Tempo de leitura: 5 minutos

O que esperar da arquitetura de varejo em 2023? A pergunta é objetiva e nós apresentamos algumas respostas: inovação, omnicanalidade, sustentabilidade e biofilia. Este é só um pequeno resumo das principais tendências que vão fomentar o mercado varejista e a arquitetura comercial não só em 2023, mas nos próximos anos.    

E para aproveitar a véspera de mais um novo ciclo, o Ano Novo, elencamos soluções arquitetônicas capazes de transformar as lojas físicas do varejo para continuar oferecendo a melhor experiência, engajamento e a solidez do relacionamento entre o consumidor e a marca. Afinal, quando pensamos no futuro do varejo e da sua arquitetura, precisamos entender, primeiramente, o comportamento dos consumidores e as necessidades que eles buscam ao visitar cada espaço físico. Veja:

Design arredondado e formas orgânicas

Um visual mais dinâmico, alegre e totalmente sofisticado. Apostar em um design arredondado, com o uso de formas orgânicas, é trazer o bem-estar, o movimento e a calmaria para dentro da loja física. Nesta solução de arquitetura de varejo, o conceito é destacar elementos naturais, como a madeira, os tijolos terrosos, a vegetação e a água, para dar a sensação de flexibilidade, conforto e o bem-estar no ambiente.

Aqui, o objetivo é um só: unir arquitetura de varejo para harmonizar o espaço e oferecer uma sensação de aconchego ao consumidor por meio das formas e da natureza.

Iluminação natural para o varejo

Se há luz, há esperança. Um dos impactos relevantes do comportamento das pessoas, resultados do período pandêmico, que obrigou à reclusão, é a valorização dos elementos naturais, destaque dado à iluminação natural. As pessoas querem estar nos ambientes externos e, quando não é possível, querem que o externo adentre aos ambientes internos. Resultado disto é a super valorização da luz natural. Além de desenvolver soluções para manter a loja física ou algum espaço bem iluminado com luminárias eficientes, que demandem baixo consumo de recursos naturais e que iluminem adequadamente os produtos, é preciso aproveitar bem a luz solar.

Sendo assim, o  aproveitamento de luz natural é uma tendência na arquitetura de varejo e pode ser feito por meio de soluções como as clarabóias, zenitais e grandes aberturas, cuidando para realizar um estudo da incidência solar para não haver interferência no conforto térmico interno, exigindo um maior tratamento por meio de sistemas de condicionamento de ar.

Cores naturais

2023 estará mais ‘clean’ e próximo à natureza. Por isso, assim como a preservação da iluminação natural, as cores também seguem a mesma tendência. A dica para os projetos de arquitetura de varejo é apostar em texturas amadeiradas para deixar o ambiente o mais natural possível.

 

Na fachada, a cor deve despertar a atenção do consumidor, mas sem extravagância. Para a parte interna, a recomendação é apostar em tonalidades básicas, como o branco, bege, o cinza e a palha.

Sustentabilidade

Promover a arquitetura sustentável e se preocupar como cada projeção vai impactar o meio ambiente continua sendo tarefa essencial para qualquer projeto de arquitetura de varejo.  E já que estamos falando sobre soluções sustentáveis, a loja circular é a grande aposta para 2023.

Grandes marcas do varejo, como a Renner, já apostam na economia circular e estão levando o conceito para a arquitetura de lojas físicas também. O objetivo é utilizar materiais responsáveis, sempre pensando no uso racional das matérias-primas, o descarte, além da responsabilidade social, do cuidado com as pessoas e o planeta.

Arquitetura biofílica no varejo

Para concluir as tendências de conexão com a natureza, é preciso destacar a biofilia para os projetos de arquitetura de varejo. A arquitetura biofílica vai unir elementos naturais para oferecer bem-estar físico e mental aos consumidores, além de dar mais vida para as lojas físicas.

Créditos da imagem: Ultra Arquitetura

Nesta solução arquitetônica, a biofilia vai trazer estratégias para incorporar elementos da natureza em meio ao concreto, como a vegetação, a água, a essência da luz natural, telhados verdes e os tons amadeirados.

Arquitetura omnichannel    

O varejo já vive a omnicanalidade e a arquitetura das lojas físicas acompanha o “fisital” união da experiência física com a digital. E em 2023, as pessoas continuarão ansiosas por presença física, e ainda mais exigentes em busca de experiências diferenciadas  — resultado dos avanços tecnológicos e facilidades da transformação digital.  Por isso, é preciso adotar estratégias e soluções arquitetônicas para reforçar a vivência omnichannel, oferecendo experiência de compra diferenciada, memorável e com facilidade. 

A Renner, além dos projetos de arquitetura sustentável, também é conhecida no varejo por apostar na omnicanalidade em suas lojas. Já no início da pandemia, por exemplo, a rede planejou como continuaria oferecendo os seus serviços e produtos da melhor forma ao consumidor. Além de transformar os espaços físicos para dar mais aconchego aos clientes, a marca potencializou a integração dos canais digitais à loja física, antecipando processos para oferecer experiência de consumo completa. O resultado? Quanto mais lojas físicas são abertas, mais vendas on-line são realizadas. 

Outro nome do varejo que investe na omnicanalidade é o Villa Mercato — rede de supermercados do sul brasileiro. Com o crescimento das compras on-line, a marca inaugurou o seu primeiro espaço físico para atender o público tanto na plataforma digital quanto na loja física.

O projeto é omnichannel e contempla o atendimento virtual através de um Centro de Distribuição. Ao invés de separar os produtos selecionados no pedido, diretamente das gôndolas do próprio supermercado, ele conta com um estoque dedicado ao e-commerce, funcionando como uma loja fechada ao público — dark store (loja escura), com shopper’s exclusivos para essa seleção. Com esse processo, a operação ganha agilidade e qualidade, que é o diferencial prometido pelo cliente. Além da dark store, a rede conta com uma loja de proximidade, com atendimento personalizado.

Arquitetura sensorial e de experiência no varejo

Conectar, despertar sensações positivas e explorar, ao máximo, os cinco sentidos humanos para oferecer uma experiência de compra memorável aos consumidores. Este é o objetivo da arquitetura sensorial solução arquitetônica cada vez mais usada em projetos comerciais. Com esta técnica, a loja física vai oferecer uma experiência de compra que vai além do visual. É possível usar o tato, o olfato, a audição e o paladar para apreciar os produtos de determinada marca.

As experiências vão fortalecer a conexão entre cliente e marca por meio de vivências imersivas, aumentar o interesse do público, além de ressaltar os valores e os propósitos.  

A Centauro, por exemplo, utiliza a arquitetura sensorial e tecnologia em suas lojas físicas para estimular as vendas dos seus produtos. Por meio de realidade virtual, a marca recria um ambiente real e permite ao cliente encontrar e testar calçados para a melhor ocasião. A simulação de corrida é feita em uma esteira, chamada como espaço de “Experimentação”.  Essa inovação estimula o tato, a visão e a audição. 

Já no projeto da queijaria Queijos Sônia, localizado em Minas Gerais, estimula o olfato e o paladar por meio da área de degustação.

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