Confira a nossa curadoria de tendência do Latam Retail Show
29 de setembro de 2022Tempo de leitura: 5 minutosInovação, tendências para o varejo e muitos debates acerca do mercado e do futuro. Este é um pequeno resumo do que aconteceu na 7ª edição do Latam Retail Show – maior e mais importante evento de varejo e consumo B2B da América Latina. Realizado em São Paulo esse mês, entre os dias 13 e 15, ele ocorreu em formato ‘fígital’ (presencial e on-line), reunindo mais de 200 palestrantes para apresentarem as mudanças dos últimos 2 anos e que modificaram o varejo, além dos hábitos de consumo no Brasil e no Mundo.
E para falar sobre o mercado varejista, especialmente das lojas físicas e dos espaços de conveniência, a nossa CEO, Vera Zaffari, foi convidada para participar do painel de inovação, onde apresentou 10 tendências que já estão bombando no varejo e que estão sendo aplicadas aos projetos de arquitetura comercial dentro da VZ&CO. Para Vera, além da preocupação em manter os espaços atrativos, os varejistas e lojistas precisam se atentar para continuarem oferecendo experiência de compra diferenciada, pois o consumidor não é mais o mesmo. Além disso, ressalta:
“a experiência de compra da loja física é fundamental para potencializar a experiência digital”.
Ao lado de grandes representantes do varejo, como Cedric Burel (CEO da Decathlon), Ronaldo da Silva Pereira (CEO da Ri Happy), e Janice Mendes, da Gouvea Malls, Vera Zaffari participou do painel Efeito Fênix: o renascimento das lojas físicas e o impacto nos shoppings, apresentando as tendências do mercado e seguindo os 3CS definidos pela Latam Retail Show referente ao comportamento do consumidor: conforto, consciência e conveniência. Confira:
Loja digital e loja física
Os varejistas dos EUA, de 2021 até agora, estão abrindo mais lojas do que fechando, como ocorreu em 2017 com o avanço das lojas on-line. Os dados são de uma pesquisa realizada pela IHL Group – empresa global de pesquisa e consultoria para os setores de varejo e hospitalidade. Para Vera, apesar do digital ter consolidado um espaço saudável no varejo, o mundo, hoje, acontece no on-line e off-line.
“As lojas físicas estão se reinventando, exercendo o seu novo papel junto ao consumidor e renascendo de forma bastante interessante”, descreve a arquiteta.
Além disso, Vera defende que não só as lojas de ruas, mas lojas de shoppings, também, estão voltando com força para entregar ainda mais experiência ao público, unindo essa experiência fisital. “As pessoas são seres gregários, elas querem se relacionar, interagir, mas elas não são mais como eram antes da pandemia. Por isso é importante as marcas estarem sempre unindo esses dois universos”, comenta.
Exemplos disso são alguns projetos de arquitetura comercial que estão sendo realizados para clientes da VZ&CO que vieram do digital, como a Appito, Kavak, Oficial Farma e Villa Mercato.
Expansão nacional e interiorização
As lojas físicas, hoje, estão funcionando como um centro de distribuição de produtos. Essa tendência, além de fortalecer a marca a nível nacional, ocupando todos os estados, também agiliza processos e ajuda a chegar mais perto do consumidor final.
Essa estratégia está sendo replicada em diversos clientes da VZ&CO, como o Grupo Renner, que já tem presença forte nas cidades do Brasil, Argentina e Uruguai.
Sustentabilidade e loja circular – As empresas estão preocupadas e proativas para tornar as lojas físicas cada vez mais circulares, utilizando materiais responsáveis, com o uso racional da água e da energia, além da responsabilidade social do cuidado com as pessoas e o Planeta.
“É importante que as redes do varejo estejam conscientes com práticas sustentáveis e quem não estiver preocupado com o ESG, está fadado a não sobreviver no mercado”, alerta Vera Zaffari.
Experiência fisital
O varejo precisou acelerar o seu planejamento de reinvenção para manter o consumidor interessado. Ou seja, manter a mesma experiência do on-line nas lojas físicas.
A Centauro, por exemplo, dispõe de diversas tecnologias para alavancar a experiência de compra do consumidor. Dentro das cabines, há telas touch interativas para ajudar o público a escolher produtos da loja. As esteiras, colocadas em um lugar estratégico, permitem que o cliente experimente os calçados e simule uma caminhada para ver se está tudo certo com o produto. Além disso, as lojas físicas também disponibilizam totens de atendimento para que as pessoas não percam tempo em filas enormes.
A Renner também utiliza o serviço de autoatendimento para agilizar e facilitar a experiência de compra do consumidor.
Expansão da área de estoques na loja física
Apesar dessa parte ter diminuído no tamanho nos últimos anos para ganhar mais espaço de vendas, os estoques estão voltando a ter mais relevância e espaço para armazenar produtos.
“O varejo tem buscado formas de agilizar processos e entregar as compras on-line o mais rápido possível. E quando as empresas têm essa meta, o estoque se transforma em um centro de distribuição inteligente”, exemplifica Vera.
Lojas em menores formatos ou compactadas
Esse movimento está sendo observado em todos os clientes da VZ&CO, especialmente nas Lojas Americanas. Nesse segmento, as lojas físicas funcionam de forma mais otimizada, conseguindo acoplar o mundo físico ao digital, além de ter presença em mais lugares.
Loja aberta
Os espaços com mais ventilação, com as portas abertas e vitrines estrategicamente bem colocadas, atraem mais atenção dos consumidores.
“As portas se abriram bastante, na fachada, e sem que o cliente perceba, ele acaba caminhando dentro das lojas de shoppings com muita fluidez”, explica.
Uso de BTS – Built to suit
Prática usual nos Estados Unidos e recorrente na vida de projetistas, ela permite que o empreendedor construa shells, por exemplo, para os lojistas. É uma técnica de divisão para tornar o negócio mais eficiente: o empreendedor executa o projeto da loja física do cliente, diminuindo o investimento de construção, principalmente para as lojas de rua.
Food hall
Muito famoso no mundo, essa tendência, na concepção de Vera, traz “boas e memoráveis experiências” para o consumidor e é isso que o varejo precisa investir.
“O food hall, hoje, é a materialização de tudo isso que tenho falado dessas experiências. Esse modelo envolve uma curadoria muito forte do produto, muitos eventos, a parte da cultura, de entretenimento, Enfim, é um espaço que os consumidores não vão só pra fazer uma refeição, mas sim de tornar aquele ambiente como um diferencial em sua rotina, com diversão, lazer e muito mais”. pontua a arquiteta.
Complexo multiuso
Lugares em que pessoas moram, trabalham, consomem, se divertem e vivem ali, em um mesmo bairro. Esta é a definição para a última tendência, que fortalece o espaço de conveniências para as pessoas.